Desmatamento na Amazônia atinge maior nível em 10 anos em abril, diz Imazon

Publicado em: 18/05/2021

O desmatamento da Amazônia atingiu 778 km² em abril de 2021, de acordo com levantamento do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). O valor é um recorde para o mês em 10 anos e representa uma alta de 45% na comparação com abril de 2020.

Os dados são do SAD (Sistema de Alerta do Desmatamento), que monitora a região da Amazônia Legal via satélites. Leia o boletim divulgado pelo instituto nesta 2ª feira (17.mai.2021).

O Amazonas lidera o ranking dos Estados com maior área desmatada (28%), seguido pelo Pará (26%), Mato Grosso (22%), Rondônia (16%), Roraima (5%), Maranhão (2%) e Acre (1%).

Nos municípios de Lábrea e Apuí, no Amazonas, que lideram o ranking dos 10 que mais desmataram, houve perda de 126 km² de floresta, o que representa quase 60% de todo o desmatamento do Estado detectado em abril.

De acordo com o Imazon, 68% do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse, e o restante foi registrado em Assentamentos (19%), Unidades de Conservação (11%) e Terras Indígenas (2%).

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 99 km² em abril, o que representa um aumento de 60% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando a degradação detectada foi de 62 km². O estado do Mato Grosso concentra 75% da área de floresta degradada, seguido pelo Pará (24%) e Roraima (1%).

O Imazon classifica o desmatamento como o processo de realização do corte raso, que é a remoção completa da vegetação florestal. Na maioria das vezes, essa floresta é convertida em áreas de pasto. Já a degradação é caracterizada pela extração das árvores, normalmente para fins de comercialização da madeira.

O Sistema de Alerta do Desmatamento do Imazon utiliza metodologias diferentes do sistema de monitoramento oficial, o Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No entanto, os dados oficiais também apontam recorde mensal, com 580,55 km² de área desmatada, maior valor para o mês desde 2016.

 

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