Polícia Federal prende suspeito de patrocinar tráfico de cocaína em avião da FAB

Publicado em: 19/10/2021

                           Foto: Johnson Barros/18-02-2011

 

A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, em Brasília, o empresário Marcos Daniel Gama, também conhecido como Chico Bomba, em mais um desdobramento da Operação Quinta Coluna, que apura um esquema de envio de drogas para a Europa por meio de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Em nota, a PF informou que o alvo é apontado como “um dos líderes e financiador do esquema criminoso”. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça militar, pois ele estaria ameaçando testemunhas do caso, conforme a corporação. O mandado foi cumprido em sua residência no Lago Sul, áera nobre de Brasília.

Segundo as investigações, Gama seria o dono de parte da carga de 39 quilos de cocaína encontrada na mala do sargento Manoel Silva Rodrigues, que está preso desde 2019 na Espanha. O militar, que viajava em um avião de apoio da comitiva do presidente Jair Bolsonaro, foi preso em flagrante quando tentava passar pela alfandega com a bagagem no aeroporto de Sevilha.

O advogado do empresário, Eduardo Toledo, disse que não teve ainda acesso à íntegra da medida e que irá ingressará com ações para anular a prisão preventiva por considerá-la “ilegal e desnecessária”.

No início de 2020, Rodrigues foi condenado a seis anos de prisão pelo Superior Tribunal da Andaluzia. No Brasil, ele ainda consta como militar da ativa e continua recebendo renumeração pelo cargo. Conforme o Estatuto dos Militares, ele só pode ser expulso e ter os honorários anulados quando houver uma condenação definitiva contra ele em sentença transitada em julgado.

O suspeito preso preventivamente hoje pode responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, penalidades que, somadas, podem chegar a 30 anos de prisão.

No Distrito Federal, Gama aparece como sócio de duas empresas, uma academia e uma incorporadora, com capital social de 200.000 reais, localizadas na Asa Sul e Asa Norte, respectivamente. Ele também figura como sócio da empresa PCL Serviços Administrativos, em Florianópolis, cuja atividade principal é descrita como “apoio administrativo”. As informações são da Receita Federal. Esses endereços teriam sido alvos de mandados de busca e apreensão da PF.

 

O Globo

 




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