Movimentação no Porto de Natal cai 48,3% no 1º quadrimestre de 2024

Publicado em: 23/06/2024

                                              Foto: Codern

 

O Porto de Natal segue em baixa e subutilizado após a saída da CMA CGM, empresa que era responsável pela maior parte das operações do terminal gerido pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern). No primeiro quadrimestre deste ano houve uma queda de 48,3% na movimentação portuária em comparação com o mesmo período do ano passado. O cenário acompanha um ritmo de redução que já tinha sido observado em 2023, quando a movimentação total do ano teve um balanço negativo de 32,6% em relação ao ano anterior. Todos os dados são da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), do Ministério dos Transportes.

O relatório estatístico mostra que, entre cargas embarcadas e desembarcadas, 113.583 toneladas passaram pelo Porto entre janeiro e abril deste ano. Em 2023, que já havia sido um ano de baixa, o movimento de cargas nesse mesmo período foi de 219.866 toneladas. Das 113 mil toneladas, 82,9% das cargas foram no sentido desembarque, principalmente de trigo, e somente 17,1% das cargas foram embarcadas, sendo a maior parte de açúcar e pequenas remessas de melões, melancias e mamões. O fluxo desperta o alerta de trabalhadores do setor.

Na prática, a situação do Porto de Natal representa perdas na competitividade econômica do Rio Grande do Norte frente a estados vizinhos e dificuldades financeiras para cerca de 220 portuários, estivadores, arrumadores e conferentes, que atualmente podem ficar até um semestre inteiro sem trabalhar por falta de movimentação. Na análise do economista e doutor em desenvolvimento econômico Thales Penha o declínio do Porto de Natal é “fruto da estagnação econômica” do Estado.

A baixa movimentação do Porto de Natal é atribuída principalmente à falta de infraestrutura adequada. A necessidade de dragagem do terminal – processo no qual são removidos sedimentos do fundo do rio para garantir profundidade à navegação – e a ausência de defensas da ponte são gargalos que afastam a operação de grandes empresas na capital potiguar. Essa foi a justificativa para saída da maior empresa que atuava no Porto, a CMA CGM, o que representou uma queda de 60% das operações ou um prejuízo de R$ 5 milhões por ano.

Reportagem completa na Tribuna do Norte

 




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