“Continuo acreditando na educação”, diz professor atacado com golpes de martelo que passou por cirurgia no crânio
14/10/2025
O professor Elcivan Ramalho, de 41 anos, agredido com golpes de martelo por um aluno em uma escola estadual no Padre Zé, em João Pessoa, disse à TV Cabo Branco que, apesar do crime, continua acreditando na educação. O professor passou por cirurgia e segue internado em um hospital particular da capital paraibana.
O caso aconteceu na última sexta-feira (10) dentro da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Audiocomunicação. O professor de geografia aplicava uma prova quando, segundo a Polícia Civil, um adolescente de 17 anos o agrediu com golpes de martelo.
Segundo o boletim de ocorrência feito pela direção da escola na tarde de sábado (11), o aluno suspeito da agressão tem 17 anos, e fugiu após o ataque.
A escola informou que não houve discussão entre professor e aluno antes da agressão. Elcivan foi socorrido por dois colegas e levado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, onde passou por cirurgia, onde ficou internado até o domingo (12), e foi transferido para um hospital particular no bairro da Torre, onde permanece internado.
Em entrevista, ele explicou que precisou passar por uma cirurgia no crânio em virtude de uma fragmentação óssea causada pelas pancadas.
Elcivan Ramalho trabalha na escola onde foi agredido há 12 anos. Apesar do crime, o professor afirma que o lugar é um dos melhores por onde ele já passou.
Ele relatou que estava aplicando uma prova quando foi surpreendido pelo aluno, com o qual mantinha até então um relacionamento de respeito.
Apesar do ocorrido, Elcivan afirma que está bem e que segue acreditando no poder da educação. A previsão é que ele receba alta médica após avaliação do neurocirurgião responsável.
O adolescente suspeito da agressão foi localizado pela polícia nesta segunda-feira (13), e segue internado sob custódia no Trauminha, no bairro de Mangabeira. Ele teria se machucado ao pular o muro da escola para fugir após a ação.
Em entrevista à TV Cabo Branco, a coordenadora pedagógica da escola afirmou que o aluno não tinha um histórico de agressividade, mas que após o ocorrido, surgiram vários relatos sobre o jovem sendo flagrado tendo atitudes suspeitas, como ser visto carregando uma faca e uma arma de choque.
g1/PB/Foto: Reprodução/Rede social
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