Adolescente autista de 16 anos é abandonada pela família em hospital
18/10/2025
Arte ilustrativa/Reprodução
Abandonada pela família, uma adolescente diagnosticada com grau alto de transtorno do espectro autista (TEA) está há três meses morando no Hospital Municipal do Jardim Ingá, em Luziânia, Entorno do Distrito Federal. A jovem, de 16 anos, vive na unidade de saúde após a avó morrer e a mãe rejeitar a guarda dela.
Com cabelos castanhos escuros e aproximadamente 1,70m, Isabela é vista diariamente circulando pelos corredores do hospital. Sempre com o cabelo amarrado no estilo “maria-chiquinha”, a menina não usa vestes comuns a uma adolescente qualquer, como jeans e camiseta. A jovem sempre está trajando as roupas destinadas a pacientes do hospital.
A menina morava com a avó, em São Paulo. A idosa é quem cuidava da garota, mas uma fatalidade virou a vida da adolescente de cabeça para baixo. A familiar morreu e, desamparada, a menina foi levada para Luziânia, onde mora a mãe.
O acolhimento, porém, não durou. Isabela* foi rejeitada, abandonada e conduzida à unidade do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município, onde ficou por um mês. Sem estrutura ideal para manter pacientes, o Caps transferiu a menina para o Hospital Municipal do Jardim Ingá.
Servidores da unidade montaram um “quarto” para Isabela, improvisado em um dos 110 leitos de enfermaria da unidade de saúde. A garota virou xodó de todos os funcionários que têm contato com ela, com carinho e identificação. “É a coisa mais linda do mundo ela”, disse a profissional com um sorriso no rosto ao ser questionada sobre a presença da menor no local.
Um outro servidor disse que a jovem, apesar de apresentar uma “nítida dificuldade para se expressar”, é muito simpática. Segundo ele, a jovem nunca é vista passeando do lado de fora do hospital.
Fonte: Metrópoles
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