Quem é a brasileira presa no Camboja suspeita de envolvimento com tráfico de drogas; família diz que ela é vítima de um esquema de tráfico humano
20/10/2025
A brasileira Daniela Marys de Oliveira está presa no Camboja suspeita de envolvimento com tráfico de drogas. A família denuncia que a prisão é injusta, e que Daniela é vítima de um esquema de tráfico humano. Ela foi para o país no Sudoeste Asiático em busca de emprego. O julgamento da brasileira já deve acontecer esta semana, no dia 23 de outubro.
Daniela Marys de Oliveira tem 35 anos e é arquiteta. Natural de Minas Gerais, ela estava morando na capital paraibana João Pessoa desde novembro de 2024, meses depois da família se mudar para a cidade em busca de melhores condições de vida.
Segundo a mãe de Daniela, Myriam Marys, a filha fala inglês fluentemente e “não é uma pessoa sem instrução”. Até janeiro de 2025, a arquiteta enviou vários currículos para vagas de emprego na internet e encontrou uma que particularmente chamou atenção: uma vaga temporária para trabalhar como telemarketing no Camboja.
Segundo informações repassadas por Daniela à família, cápsulas de droga foram colocadas no banheiro do local onde ela morava porque ela havia recusado participar de um esquema de golpes na internet. A brasileira foi presa e está em “uma cela superlotada”, com cerca de 90 mulheres, ainda de acordo com a família.
Daniela embarcou para o Camboja no fim de janeiro deste ano mesmo contra a vontade da família. Até fevereiro, mãe e filha se comunicavam normalmente através de aplicativos de mensagem online, mas em março a família começou a receber mensagens suspeitas, enviados por supostos golpistas que se passaram pela brasileira.
Ainda de acordo com a família, os golpistas teriam pedido dinheiro para Daniela pagar uma multa de rescisão contratual no trabalho como telemarketing. O valor da multa, US$ 4 mil, cerca R$ 27 mil, foi transferido, mas depois disso Daniela ligou para a mãe e contou que foi detida injustamente por tráfico de drogas no Camboja.
Daniela está presa há sete meses e deve ser julgada por tráfico de drogas na próxima quinta-feira, dia 23 de outubro. A família da brasileira afirma que ela chegou a adoecer na prisão, e que segue recebendo “respostas protocolares” do Itamaraty, do Ministério das Relações Exteriores.
Do g1/Foto: Reprodução
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