Plantar medo em Walter Alves é estratégia inteligente da oposição; a realidade é outra bem diferente
28/11/2025
Foto: Eduardo Maia / ALRN
Engana-se quem pensa que o vice-governador Walter Alves, presidente regional do MDB no seu estado, teme assumir os destinos do RN a partir do afastamento da governadora Fátima Bezerra (PT) em abril do próximo ano. Vale ressaltar que Walter Alves vai governar o estado com a caneta do governo federal nas mãos, considerando que 2026 é o ano em que o presidente Lula vai disputar a mais difícil reeleição da sua vida. Nesse cenário, tudo favorece aos amigos do rei.
No meu humilde entendimento político, o único erro cometido por Walter Alves atualmente é não permitir que o primo Henrique Eduardo Alves ressurja das cinzas como um verdadeiro fênix. O vice-governador precisa entender que ele já conquistou o seu espaço VIP na política potiguar, e que o primo ex-presidente da Câmara Federal, nesse momento, só soma em favor do RN e do seu projeto político.
Vamos imaginar o que poderia ser o RN tendo Walter Alves como governador e Garibaldi e Henrique abrindo portas em Brasília. Seria o pulo do gato. Garibaldi e Henrique ajudaram a construir a política de Brasília. O primeiro foi presidente do Congresso Nacional com nota 10, e o segundo, em um momento único na política nacional reuniu mais de 100 votos na Câmara Federal em favor de projetos que interessavam ao desenvolvimento do Brasil naquela época. Henrique só não é popular, diferente de Garibaldi, mas foi e poderá ser o político mais influente nos corredores em Brasília, tanto no palácio presidencial como no Congresso Nacional. Além disso, se conseguir juntar Carlos Eduardo, melhor ainda.
Diante dessa realidade, eu pergunto: como é que Walter Alves pode ter medo de assumir o RN no próximo ano? Nunca!
Tem mais, vale ressaltar que o partido de Walter Alves em Brasília tem as chaves dos seguintes ministérios: Cidades, Planejamento, Orçamento e dos Transportes e, se forçar a barra, adentra em outras salas. Medo? Nem de longe!
Outra coisa: Walter Alves vai sentar na cadeira número 1 da Governadoria ladeado inicialmente de 42 prefeitos, 30 vice-prefeitos e mais de 300 vereadores, além da maioria dos deputados estaduais.
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