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Sou maconheiro e criminalização é racista, diz deputado do PT

01/12/2025

O deputado estadual do Paraná Renato Freitas (PT) disse ser “maconheiro” e que a criminalização existente no Brasil é “racista”. Ele afirmou que planeja abrir uma associação de plantio de cannabis medicinal e que já tentou cultivar a planta em casa.

“Eu não fumo cannabis, eu fumo maconha. Não sou canabizeiro, sou maconheiro”, declarou em entrevista à revista on-line Breeza, concedida durante a ExpoCannabis, evento realizado de 14 a 16 de novembro em São Paulo.

“A planta é maravilhosa e a criminalização dessa planta na história de nosso país se demonstrou de caráter absolutamente racista”, disse.

Freitas disse ser preciso que políticos deixem de ter receio de tratar o tema. “É muito importante, de fato, os parlamentares botarem a cara no sol. Tem de parar com essa mania de ‘traguei, mas não fumei’, ‘fumei, mas não traguei’, ‘traguei, mas não chapei’. Para com isso, filho”, declarou.

 
 
 
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O deputado estadual do Paraná Renato Freitas (PT) disse ser “maconheiro” e que a criminalização existente no Brasil é “racista”. Ele afirmou que planeja abrir uma associação de plantio de cannabis medicinal e que já tentou cultivar a planta em casa.

“Qual é o problema? Está jogando para a torcida? Se for jogar para a torcida, você vai estar sempre seguindo uma manada. E muitas manadas, a maioria delas, e a do bolsonarismo hoje é um exemplo, rumam sempre para um precipício”, disse.

Ele contou que tentou plantar cannabis em casa, mas sem sucesso. Disse ter pegado “umas sementinhas”, que vingaram, mas que precisou realizar viagens e que sua mãe as deixou “escondidinhas” no banheiro.“Aí o bagulho não ajudou muito”, declarou.

Freitas falou sobre os planos para criar um coletivo para plantar cannabis medicinal para pacientes em situação de vulnerabilidade. A ideia do político é que o trabalho seja feito por egressos do sistema carcerário.

“O que a gente quer? Que os egressos do sistema carcerário tenham um protagonismo na associação de cultivo”, afirmou. “Vamos poder fumar nossa maconha na cara da classe média, branca, hipócrita, de Curitiba. Isso vai ser uma vitória”, declarou.

“A gente tem que começar a ganhar dinheiro com o plantio da maconha, eventos como este daqui [a ExpoCannabis] têm de ser mais negro, enegrecido, denegrido. Enquanto isso não ocorrer, a maconha que fumamos vai enriquecer outros bolsos e outras políticas”, disse.

 

Poder 360/Reprodução/YouTube @breeza_revista.

 

 

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